A mulher; Os Portuguezes em Tanger

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A mulher; Os Portuguezes em Tanger

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315 円 (税抜き)

MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES: Resultado para que se encaminha o cont?nuo esfor?o do homem, causa da sua actividade e aspira??o do seu espirito, ? a mulher quem, com a grandeza do infinito bem, ou a grandeza do infinito mal, nos conduz pela vida f?ra numa ascen??o gloriosa, ou numa derrocada tragica. Por ella o homem cr?, por ella descr?, por ella assassina, por ella morre. Altar e hostia, tortura e guilhotina, faz-nos viver a vida tal qual a d?r surriba a alegria, a punhalada espirra o sangue e os labios guardam os dentes. Mas nas suas epopeias sublimes e nas suas elegias tremendas surge-nos como a confiss?o palpavel da energia e da bondade divinas. Hymno e ora??o do amor, canta-lhe as alegrias e reza-lhe as tristezas; alma da bondade, aroma da ternura e lagrima da d?r, torna-se em explica??o religiosa, bella e harmonica da vida humana. Assim realisada e assim realisando, Deus desce at? ? mulher, o homem sobe at? ella. Encontram-se no seu cora??o e beijam-se. Sem esse culto a mulher rebaixa-se, apaga-se; a sua sensualidade brutalisa-se. Sem a prepara??o indispensavel, a sua intelligencia n?o scintilla. E assim vemos as afamadas mulheres de ent?o, negada ?s suas formas a venera??o grega e privado o seu cerebro do cultivo romano, a dominarem n?o pela belleza do espirito, mas pela belleza natural do corpo e pela sensualidade unicamente animal, que o inflamma numa revolta ing?nita contra o desprezo a que o votam. Descurada material e espiritualmente, que outra mulher podia sa?r d'esta sociedade? A mulher subalterna, embora digna de todo o nosso respeito por essa sua propria subalternidade, porque, entregue inteiramente aos seus asperos instinctos, sabe orar e mortificar-se. Nestas condi??es e durante um periodo t?o s?co e ?rido, de cilicios e penitencias, de passividade e isolamento, erguem-se nos primeiros tempos da monarchia as infantas D. Sancha e D. Thereza, irm?s de D. Affonso II, instituidoras das gafarias, onde ellas proprias lavam as chagas dos leprosos, e mais tarde, no estrebuxar da dynastia affonsina para o alvor da dynastia de Aviz, Deusadeu Martins, Brites de Almeida e Maria de Sousa. A primeira, por seu valor e astucia, immortalisa-se na defesa de Mons?o; a segunda torna lendaria uma p? de forno; a terceira salva a vida do Mestre de Aviz, atravessando com uma partazana o peito do renegado Gon?alo de Gusm?o e tolhendo o passo a uma partida de castelhanos. Que representam estas cinco mulheres? A caridade e a bravura. Lances poeticos de amor, fulgura??es de espirito? N?o se vislumbram. Apenas mortifica??o, humildade e for?a animal ao servi?o d'um levantado espirito. O brilhantismo litterario da c?rte attinge a sua edade de ouro, fortifica-se e expande-se para ir morrer no Pa?o da infanta D. Maria, onde, na Academia artistica e na Academia litteraria, ao lado das italianas Angela e Luiza Sig?a, brilham D. Leonor de Noronha, a traductora e annotadora de Marco Antonio Sibellico, Joanna Vaz, a loira coimbr?, poetisa e historiadora, Paula Vicenta com o seu pujante talento dramatico, e Publia Hortensia, que, aos 17 annos, discute Aristoteles com homens de alto saber, depois de ter feito em Coimbra os cursos de philosophia e theologia. Este banho de luz exalta a mulher, ainda com as pernas cruzadas sobre um estrado, fechada em casa e recebendo apenas o frade. A sua alma divinisa-se; a poesia cerca-a e ella poetisa tambem. Intellectualisa-se, sonha e tem vis?es. Mas a enorme transforma??o, que neste periodo se operou entre n?s pelo descobrimento do caminho maritimo para a India, deslocando o centro de gravidade do emporio de Veneza para Lisboa, se deu ensejo ? permuta intellectual com o estrangeiro, d'onde vieram homens dos mais doutos para as Universidades e mulheres illustres para o cenaculo da Infanta, trouxe conjunctamente o mercador, o homem de negocios, o homem de dinheiro e com elle o prazer e o vicio. Ent?o o portuguez aferrolhou ainda mais a mulher, sobrepoz adufas a adufas, rotulas a rotulas, cortando-lhe toda a communica??o para o exterior, e os moralistas apregoaram que a miss?o feminina consistia s?mente em fiar, conceber e chorar画面が切り替わりますので、しばらくお待ち下さい。
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