Outras hist?rias Ensaios sobre a composi??o de mundos na Am?rica e na ?frica

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Um dos pontos de partida do projeto que gerou este livro consistia em investigar e analisar etnograficamente pr?ticas e discursos que colocam em quest?o dois dos grandes temas sobre os quais tanto o Brasil, como 'na??o', quanto as ci?ncias sociais 'brasileiras' se estruturaram: os fen?menos de contato e mistura em geral denominados mesti?agem e sincretismo. Ou seja, tratava-se de retomar as quest?es levantadas por esses processos a partir de um ?ngulo propriamente etnogr?fico, permitindo, assim, a elabora??o de contribui??es que pudessem efetivamente enfrentar os clich?s dominantes. A proposta impl?cita nesse trabalho coletivo ? a de uma permanente busca por meios para revelar, no sentido fotogr?fico do termo, mundos e pensamentos que permanecem reprimidos na maior parte das descri??es existentes sobre "encontros", que costumam tomar como quase natural que a mistura leva ? integra??o e que o m?ltiplo s? serve para fazer o um. Trata-se de desfazer o privil?gio concedido ? fus?o e ? integra??o como resultado desses encontros, enfatizando, ao contr?rio, a const?ncia da diferencia??o. Como bem define o antrop?logo Jos? Carlos Gomes dos Anjos, prefaciador da obra, "este livro promove um deslocamento dos exerc?cios mais imediatos de contraposi??o ?s formas colonialistas de pensamento por meio de um percurso por intensidades que dispensam a captura identit?ria, o ressentimento e os ajustes de contas te?ricos. Trata-se de pensar o que pode ser a antropologia quando o que est? em jogo s?o as rela??es entre diferentes povos que se demarcam h? cinco s?culos das formas coloniais de imposi??o de regimes genocidas de pensamento. As narrativas dominantes que sustentam um implaus?vel sentido de na??o n?o s?o aqui desconstru?das, criticadas nem substitu?das, mas magistralmente deslocadas. Os mestres desses deslocamentos ー quilombolas, encantados, cabralistas… ー s?o tamb?m os senhores dos modelos pelos quais devem ser interpretados. N?s nos habituamos a pensar que as narrativas dominantes sobre o encontro das tr?s ra?as e seus graus de mesti?agem como uma ideologia que a todos submergiria, menos aos suficientemente cr?ticos, os acad?micos. A revela??o deste livro ? que ali onde poder?amos crer que se encontram as pessoas menos instrumentalizadas para desmontar esse mito encontramos as formas mais sofisticadas de pensar e trabalhar com as diferen?as. O que experimenta ? a possibilidade de que numa multiplicidade de situa??es de encontros das for?as heterog?neas dos n?o herdeiros da modernidade ocidental estejam vigorando outros regimes de visibilidades e outras narrativas sobre encontros e misturas, diferen?as, passagens e separa??es. Sob tessituras inusitadas, uma minoria em prolifera??o esmagadora, um tanto ou quanto alheia ?s cansativas opera??es cr?ticas das diversas pedagogias da na??o, instaura conex?es, cria modos singulares de exist?ncia e fabrica passagens sob regimes especiais de interdi??es (que v?rios autores neste livro chamam de contramesti?agem e contrassincretismo). O que o livro oferece ? um quadro em aberto sobre como os encontros entre for?as de descendentes de africanos e intensidades ind?genas geram gram?ticas das diferen?as largamente independentes dos brancos e suas v?s filosofias."画面が切り替わりますので、しばらくお待ち下さい。
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